BH – Servidores protestam contra rejeição de emendas ao PL que altera IPSEMG
A rejeição de emendas ao PL 2.238/2024, que reajusta valores da contribuição ao IPSEMG (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais), gerou revolta entre servidores públicos e deputados de oposição durante sessão na Comissão de Administração Pública da ALMG nesta quarta-feira (3). Professores presentes no plenário protestaram virando de costas para os parlamentares, enquanto o projeto seguiu em tramitação acelerada para a Comissão de Fiscalização Financeira (FFO), antes de seguir ao Plenário.
Sindicato promete resistência
O Sind-UTE/MG, que representa trabalhadores da educação, afirmou que manterá mobilização permanente contra a proposta.
“Não vamos aceitar mais esta crueldade de Zema contra os servidores. Estamos em vigília para barrar esse projeto”, declarou Marcelle Amador, diretora de Comunicação do sindicato.
O que muda no IPSEMG?
O PL propõe:
✔ Aumento do piso de contribuição: de R33,02∗∗para∗∗R33,02∗∗para∗∗R 60
✔ Novo teto: sobe de R275,15∗∗para∗∗R275,15∗∗para∗∗R 500
✔ Alíquota extra de 1,2% para servidores com mais de 59 anos
✔ Fim da isenção para dependentes de até 21 anos
Impacto no bolso: Em algumas faixas salariais, o reajuste de 4,62% nos vencimentos pode ser anulado ou até resultar em perda líquida devido aos novos descontos.
Críticas: “Governo protege empresários e penaliza servidores”
A oposição acusa o governador Romeu Zema (Novo) de privilegiar aliados enquanto sufoca o funcionalismo:
“Zema abre mão de bilhões em impostos para grandes empresas, mas joga o custo do IPSEMG nas costas dos trabalhadores”, criticou Marcelle Amador.
Deputados protestam
Durante a sessão, os parlamentares Beatriz Cerqueira (PT), Professor Cleiton (PV) e Sargento Rodrigues (PL) retiraram suas emendas em protesto.
“Que a população lembre dos deputados que apoiaram essa destruição na hora de votar”, disse Beatriz, que também culpou a base governista por assumir o desgaste político da medida.
Próximos passos
O projeto deve ser votado no Plenário da ALMG nos próximos dias, sob pressão de categorias afetadas. Enquanto o governo defende a sustentabilidade do IPSEMG, servidores alertam para perdas salariais e prometem novas mobilizações.
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