O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (26) no Rio. Ele estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, por conta de um câncer de próstata e morreu em decorrência de uma sepse pulmonar.
A Prefeitura de Santos decretou, nesta quinta-feira (26), luto oficial de três dias pela morte do ator e diretor santista. O câncer foi diagnosticado em 2019, na época, Ney foi operado e retirou a próstata. A doença voltou em agosto deste ano, já com metástase.
“Santos é referência para o Brasil em Cultura. O brilhante Ney Latorraca representa o talento de nossa cidade e deixa muitas saudades, mas um legado de trabalho, talento e sucesso que é eterno”, ressaltou o prefeito Rogério Santos.
Ney Latorraca deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. O corpo do ator será velado nesta sexta (27) no foyer do Theatro Municipal do Rio. A despedida será aberta ao público das 10h30 às 13h30. Em seguida, o corpo vai para cremação, em cerimônia restrita à família.
TRAJETÓRIA
Nascido em Santos no dia 25 de julho de 1944, Ney Latorraca era filho de artistas. O pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista. Durante a infância morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até voltar para Santos e prestar exame no Instituto de Educação Canadá, escola onde formou a banda Eldorado com um grupo de amigos.
Em 1964 fez sua estreia no teatro, em uma peça de escola, ‘Pluft, o fantasminha’, de Maria Clara Machado. Após o retorno a Santos, Ney Latorraca estudou na Escola de Arte Dramática, atuou em algumas peças locais e, no ano de 1969, finalmente debutou na televisão em ‘Super plá’, na TV Tupi, e no cinema em ‘Audácia, a fúria dos trópicos’.
O artista estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.
Entre seus vários trabalhos para a Rede Globo, Ney Latorraca atuou em 18 novelas, seis minisséries e oito seriados. Tem ainda em seu currículo 23 longa-metragens e 13 peças. Sua última participação na Rede Globo foi no seriado “A Grande Família”, em 2011.
Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça “O Mistério da Irma Vap”, dirigida por Marília Pêra.