O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta mais de 2 milhões de brasileiros, segundo a OMS, mas muitos casos ainda não são diagnosticados. O psiquiatra Dr. Arthur Lobato, da Fundação São Francisco Xavier, alerta: “Identificar o autismo antes dos 5 anos pode transformar o futuro da criança”.
Por que o diagnóstico precoce importa?
✔ Melhora o prognóstico: terapias antes dos 5 anos reduzem desafios na adolescência e vida adulta
✔ Facilita a inclusão: adaptações escolares e sociais são mais eficazes quando iniciadas cedo
✔ Reduz preconceitos: compreensão da condição ajuda a criar ambientes acolhedores
Sinais de alerta em crianças:
- Dificuldade em contato visual ou interação social
- Movimentos repetitivos (balançar, bater palmas)
- Atraso na fala ou comunicação não verbal
- Hipersensibilidade a sons, texturas ou luzes
Escola: aliada no diagnóstico
Segundo Dr. Arthur, professores são peças-chave na identificação:
“Crianças com TEA podem ter dificuldades em interpretar textos ou seguir rotinas. Pequenas adaptações na sala de aula – como reduzir barulho ou usar recursos visuais – fazem toda a diferença.”
Tratamento: além dos medicamentos
As terapias mais eficazes incluem:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
- Atividades com música e arte
- Exercícios para desenvolvimento motor
“Medicação só é usada em casos específicos. O foco é estimular habilidades sociais e de comunicação”, explica o psiquiatra.
Desafios: do preconceito à inclusão
Apesar dos avanços, barreiras persistem:
- Falta de capacitação profissional em escolas e empresas
- Estereótipos que subestimam capacidades
- Dificuldade de acesso a tratamentos no SUS
Dr. Arthur reforça:
“Pessoas com autismo podem ser excepcionais em tarefas específicas. Inclusão não é caridade – é reconhecer potencial.”
Fundação São Francisco Xavier
Administra hospitais de excelência em Ipatinga e Itabira (MG), com:
- 70% de atendimentos pelo SUS
- 6.200 colaboradores
- Referência em saúde e educação